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Constelação Familiar

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Bem, em primeiro lugar, é importante conhecer um pouco sobre o criador da técnica. 
Seu nome era Anton Suítbert Hellinger ou Bert Hellinger, conhecido como Bert Hellinger . Nasceu em 16 de dezembro de 1925, na cidade de Leimen, na Alemanha. Por possuir fortes laços religiosos com o catolicismo, aos 20 anos se preparou para se tornar padre. Trabalhava como missionário na África do Sul entre os Zulus durante 16 anos, período em que foi ao mesmo tempo padre e diretor de uma escola de grande porte. Após 25 anos, como padre, volta para a Alemanha deixando sua congregação, se casou  e se formou em psicanálise. Por volta de 1960, Hellinger desfrutou dos primeiros contatos com  dinâmicas de grupo onde participou de vários encontros.  Em um desses encontros, o diretor fez ao público uma pergunta que levou Hellinger a inúmeros questionamentos internos. A pergunta foi: O que é mais importante para você: os ideais ou as pessoas? Do que você abre mão? Das pessoas pelo ideal ou do ideal pelas pessoas? 

Constelação Familiar

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Constelação Familiar

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Constelação Familiar

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Bert estabeleceu contato com a psicologia e a psicanálise em 1969. A partir desse momento, inicia sua carreira como um dos líderes da dinâmica de grupo da Alemanha, ministrando cursos e aplicando seus conhecimentos. Sua formação e sua atividade terapêutica possuía diversas influências e tipos de abordagens como: psicanálise, dinâmica de grupo, terapia primal, análise do script e hipinoterapia. Acabou se interessando pela Gestalt-Terapia e pela Análise Transacional e finalmente, a que nos interessa aqui,  a Terapia Familiar. Todos esses conhecimentos, tanto práticos como teóricos,  contribuíram para que as Constelações se desenvolvessem como a conhecemos hoje.Hellinger buscou entender como emoções represadas ou até camufladas nos núcleos familiares  influenciavam na tomada de decisão de cada pessoa.De fato, ao identificar essas emoções, descobria-se um padrão de pensamento e com isso a origem do conflito. Ou seja, as partes tomam consciência dos motivos que as fizeram agir daquela maneira, para que com isso, então, o conflito não volte a se repetir.

A Portaria nº 702/2018 traz em seu bojo o reconhecimento, a integração e a recomendação da prática da Constelação Familiar no Sistema Único de Saúde (SUS):(…) As Medicinas Tradicionais e Complementares são compostas por abordagens de cuidado e recursos terapêuticos que se desenvolveram e possuem um importante papel na saúde global. A Organização Mundial da Saúde (OMS) incentiva e fortalece a inserção, reconhecimento e regulamentação destas práticas, produtos e de seus praticantes nos Sistemas Nacionais de Saúde. Neste sentido, atualizou as suas diretrizes a partir do documento "Estratégia da OMS sobre Medicinas Tradicionais para 2014-2023".(…) A constelação familiar é uma técnica de representação espacial das relações familiares que permite identificar bloqueios emocionais de gerações ou membros da família. Desenvolvida nos anos 80 pelo psicoterapeuta alemão Bert Hellinger, que defende a existência de um inconsciente familiar - além do inconsciente individual e do inconsciente coletivo - atuando em cada membro de uma família. Hellinger denomina "ordens do amor" às leis básicas do relacionamento humano - a do pertencimento ou vínculo, a da ordem de chegada ou hierarquia, e a do equilíbrio - que atuam ao mesmo tempo, onde houver pessoas convivendo. Segundo Hellinger, as ações realizadas em consonância com essas leis favorece que a vida flua de modo equilibrado e harmônico; quando transgredidas, ocasionam perda da saúde, da vitalidade, da realização, dos bons relacionamentos, com decorrente fracasso nos objetivos de vida.A constelação familiar é uma abordagem capaz de mostrar com simplicidade, profundidade e praticidade onde está a raiz, a origem, de um distúrbio de relacionamento, psicológico, psiquiátrico, financeiro e físico, levando o indivíduo a um outro nível de consciência em relação ao problema e mostrando uma solução prática e amorosa de pertencimento, respeito e equilíbrio. (...)

Existem três princípios ou leis que norteiam todas as relações humanas, que foram nomeados de princípios ou de leis do amor: o princípio do pertencimento, o da compensação e da ordem.O princípio ou lei do pertencimento traz a ideia já abordada de que todos pertencem, independente de quem sejam. Filhos abortados, de maneira provocada ou espontânea pertencem, pais, avós, irmãos, os tidos como loucos, doentes, suicidas, em suma, todos têm o direito à pertencer.O princípio ou lei do equilíbrio  nos revela a compensação das relações, ou seja, a necessidade do equilíbrio entre o dar e o receber. Esse princípio não se aplica aos relacionamentos entre pais e filhos, porque é impossível um filho pagar o que seus pais lhe deram e nem é esperado que os pais esperem isso de seus filhos. Agora, em relações amorosas, por exemplo, é muito comum ter um dos dois que se doa demais enquanto o outro somente recebe. Em um determinado momento, o que recebeu se sente devedor (quem gosta de se sentir devedor?)   e o que só doou se sente desvalorizado e sozinho. Então, a solução que o devedor encontra é a de sair daquela relação de alguma forma, pois ele sente que não nunca conseguirá pagar essa “dívida”. Já o princípio ou lei da hierarquia é o que direciona para a ordem das coisas, o lugar certo dentro de um sistema. Aqueles que vieram primeiro tem precedência. Os pais (enquanto casal) vêm primeiro. Primeiro o cônjuge depois os filhos. Os avós vieram antes dos netos, portanto tem precedência. O filho mais velho tem precedência ao segundo. Precedência, não quer dizer preferência, que fique muito claro que precedência quer dizer, primeiro.Quando algum desses princípios ou alguns são violados, acontecem os conflitos, os problemas familiares, as doenças, dependências, dificuldades, crises etc Com esse método terapêutico é possível alinhar e visualizar qual – ou quais – desses princípios estão sendo desrespeitados/violados. E através de uma constelação isso pode ser vislumbrado.

PORTARIA N° 702, DE 21 DE MARÇO DE 2018

Art. 1º Ficam incluídas, na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares - PNPIC, as seguintes práticas: aromaterapia, apiterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, imposição de mãos, medicina antroposófica/antroposofia aplicada à saúde, ozonioterapia, terapia de florais e termalismo social/crenoterapiaapresentadas, nos termos do Anexo A.

O termo “sistema familiar”, traz o conceito de sistema, ou seja, no qual todos fazem parte, de forma inter-relacionada, e só se torna completo quando todos os membros estão ocupando seus lugares e estão incluídos. Entenda, todos aqueles que vieram antes de nós pertencem. A ancestralidade daqueles que vieram antes de nós pertencem também ainda que desconheçamos conscientemente quem são.Com esta técnica não camuflamos com soluções rápidas e rasas o assunto que foi trazido pelo constelado, realmente, vamos na raiz do problema e, com base nos princípios resolvemos a questão para que ocorra a quebra das correntes que aprisionam e impedem o constelado de ser feliz e realizado.

Constelação Familiar

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